Nem tudo está à mão de semear. Ou nem tanto como parece. Por vezes, nem ao alcance de uma dúzia de braçadas, mesmo que elas não custem, até apetecendo-as pelo fresco do banho e pela presença de uma ilha desejada, mesmo ali, à medida de um golpe do olhar e onde a imaginação tenha plantado o paraíso que se intrometeu no tal sonho perdido mas não esquecido.
Talvez o melhor seja ficar pela preguiça do olhar a gostar e a esperar. Não por renúncia, isso não (para isso, fabricam-se freiras). Um par de olhos não gasta uma ilha, mesmo a ilha do maior desejo. E, às vezes, é preferível ser praia que veleiro. Ou gastar, devagar, com o pensamento a contar os grãos de areia, o tesouro da contemplação pousado na praia que o enfado da banalidade de uma praia vista da grandeza da ilha e depois não apetecer voltar porque a água nos vestiu as ideias. E quanto ao paraíso, todos temos muito tempo a lá irmos parar.
Um fabuloso fim-de-semana para todos.
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