O governo não acerta uma. Ao colidir com a banca, tentando desarmar uma das críticas da sua selectividade nos encargos com a crise e a diminuição do défice, Sócrates suscitou a ira dos banqueiros. Talvez não pensando nos efeitos de lançar mais uma camada social na luta, na contestação, quem sabe se na greve. E que camada. Que, a esta hora, já deve estar na agenda do PCP para lhe organizar as formas de luta. É que, para Jerónimo, não há limites para a dimensão da classe operária. E não haverá nada que uma reunião com João Salgueiro não resolva. Porque todo o descontente é um potencial revolucionário. E se os operários bancários, gente aburguesada com pendores direitistas, andam relapsos às manifs e à greve, vá-se pelo centralismo democrático e ganhem-se os banqueiros, os do comité central da finança que nos conselhos de administração nem devem decidir por voto secreto. Luta é luta. E, nisso, o Sócrates é burro. Cada vez mais. Tanto que não há dia que passa que não acrescente mais um trunfo à revolução.
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