O que pode haver de tão excepcional nesta notícia num jornal de grande circulação e que mereça sê-lo?
"Es cierto, desde la medianoche de hoy se ha aprobado y se pueden hospedar dejando el documento de identificación y el dinero de la habitación”, ha dicho una recepcionista, que ha querido mantener el anonimato
Ou seja, o que de especial tem que um qualquer cidadão de um país alugue um quarto num hotel aberto na sua terra, identifique-se, pague o aluguer, recolha as chaves e vá tomar um duche e deitar-se?
E, no entanto, esta possibilidade, normal, normalíssima, é apregoada como uma medida de “abertura” de um regime tão igualitário que, carregando 50 anos de socialismo científico e até agora, impedia aos indígenas o acesso a hotéis cujo uso era restrito aos estrangeiros. O que não deixa de ter os seus reversos. É que, daqui para a frente, os turistas que forem veranear até Cuba sujeitam-se a, no pequeno almoço, terem como vizinhos, na mesa ao lado, uma qualquer família cubana a beberem sumo e trincarem torradas. E, provavelmente, as agências de viagem não vão fazer desconto por motivo desta perda de qualidade do serviço hoteleiro.
(notícia aqui)
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