Não há fome a que não se junte a vontade de comer:
Não pairam no horizonte quaisquer riscos de fascismos à antiga ou de ditadores tipo Mugabe ou Chávez. Porque estamos na Europa (ainda) requintada, ciosa dos seus punhos de renda e – com toda a justiça – consciente e orgulhosa dos seus séculos de história democrática. Instável, no entanto, por muitas razões, com os dislates de Sarkozy, a ameaça de Tony Blair como presidente, a acção de um papa perigosíssimo, Espanha e Itália à beira de eleições complicadas, etc., etc.
No meio de tudo isto, Portugal não está a aguentar o balanço entre os últimos lugares do pelotão e as passadeiras vermelhas de Bruxelas. E isto pode acabar mal.
Vemos um primeiro-ministro crispado, a transpirar sede de poder por todos os poros e um governo com pés de barro que de socialista só guarda o código de barras.
Cantam-se vitórias que não convencem, não se sente carisma, verdadeira liderança, empatia, generosidade – coisas de que os portugueses precisam como de pão para a boca.
E, exactamente por isso, isto pode acabar mal. Porque está a ficar escancarada a porta para que um qualquer populista seja bem-vindo, no sempre desejado papel de D. Sebastião.
Oxalá esteja enganada – oxalá.
Haja alguém que mande na rosa e leia, sff, os blogues da esquerda pessimista. Antes que isto desande para a banda do trio Cavaco/Menezes/Santana, com o Jerónimo e o Chico a baterem palmas no funeral do PS, enquanto Alegre, porque não é Santa da Ladeira, convoca mais um almoço de confraternização com ex-eleitores.
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