Terça-feira, 31 de Agosto de 2010

El “retorno”

 

Segundo Yoani Sánchez.

(também publicado aqui)

Publicado por João Tunes às 22:26
Link do post | Comentar

Boa malha

 

Francisco Lopes é o melhor candidato presidencial que o PCP podia indicar. Não mete, politicamente, uma unha de pé fora das instalações da colectividade posta em sossego paroquiano, enquanto, para fora, o PCP decidiu mandar o país trabalhar e produzir (a Bem da Nação). Logo, se não adianta, também não atrapalha. E feita a primeira volta da campanha, facilita as adaptações normais e impostas pela lógica da bipolaridade própria das segundas voltas.

 

(publicado também aqui)  

Publicado por João Tunes às 12:42
Link do post | Comentar | Ver comentários (4)

Legionários copiados

 

Uma farda militar, se bem ataviada e melhor ainda se bem decorada com galões, condecorações e continências, é coisa bonita de se ver e assenta bem a quem a veste se o utilizador estiver em uso de legítimo direito castrense.  

 

Feias são as fardas militares postas numa dúzia de magalas (incluindo alguns generais) trauliteiros e ressabiados porque perderam três guerras coloniais três e que, imitando os legionários barrigudos de 1965 que então assaltaram a Sociedade Portuguesa de Escritores por causa de um prémio literário, ameaçam agora “dar porrada” num escritor desafecto à “limpeza patriótica” em marcha sobre a versão das guerras que estes magalas perderam.

 

(publicado também aqui)

Publicado por João Tunes às 11:45
Link do post | Comentar
Quinta-feira, 19 de Agosto de 2010

Sim senhor, em nome do direito a desforra

Publicado por João Tunes às 22:27
Link do post | Comentar | Ver comentários (7)
Sexta-feira, 13 de Agosto de 2010

Este homem tem uma alegria crónica, tão profissional, tão profissional, que lembra a sofrida pelos assalariados de bordel

 

"É um número que confirma a recuperação da nossa economia, que nos coloca numa situação de crescimento deste semestre que é quase o dobro daquilo que o Governo previa no início do ano", disse hoje o primeiro-ministro.

Dados do INE mostram que o ritmo de crescimento da economia portuguesa abrandou no segundo trimestre, para 0,2%, comparando com a progressão de 1,1% conseguida nos primeiros três meses do ano.

Portugal teve mesmo um dos desempenhos mais fracos na zona euro, que cresceu 1% neste período.

Sócrates vê no entanto no desempenho semestral "um sinal de grande encorajamento e de confiança para a recuperação da economia portuguesa".


(…) o primeiro-ministro classificou de «muito positiva» a capacidade operacional do dispositivo de combate aos incêndios e destacou que o grau de eficácia «melhorou muito nos últimos anos».

«O que é importante destacar é que a capacidade operacional do dispositivo de combate aos incêndios tem-se revelado muito positiva», disse.

«Se compararmos o número de ignições, as condições meteorológicas que ocorreram em anos excepcionais como 2003 e 2005,verificaremos que o grau de eficácia de combate aos incêndios melhorou muito nestes últimos anos», sublinhou.


(publicado também aqui)

Publicado por João Tunes às 15:20
Link do post | Comentar | Ver comentários (4)

Um funeral com palmas e uma biografia com saltos

 

Dias Lourenço integrava o género escasso de dirigentes do PCP da “velha guarda” (associada à reorganização dos anos 40) que se admirava e também se gostava pessoalmente e logo “à primeira vista” numa empatia automática despoletada pela forma calorosa e fraternal como este dirigente e muito poucos mais não só viviam a vida do partido como se relacionavam com todos os camaradas, parecendo terem uma quantidade inesgotável de ternura para dar e trocar. Ao contrário de tantos outros (que “secaram como pessoas" pela dedicação total e monástica à vida do partido), Dias Lourenço, com uma vida repleta enquanto revolucionário, clandestino e prisioneiro político, mantinha intacta uma ternura espontânea e contagiante nos contactos humanos. É pois natural que o seu desaparecimento, apesar da sua adiantada idade e da sua retirada da vida partidária relevante desde há bastante tempo, tenha provocado um sentimento de dor de perda com um rasto de saudade. Não fui excepção e contei-me entre os que se levantaram em respeito e ternura pela passagem de Dias Lourenço para o lugar onde devem morar os ausentes definitivos.

Naturalmente que o papel relevante de Dias Lourenço na história do PCP e alguns dos seus feitos, parte deles lendários e cometidos em condições de coragem extrema e sempre com a fibra dos revolucionários mais ousados e determinados, sobressaíram nos seus elogios fúnebres. Até porque a maior parte da vida de Dias Lourenço enquanto revolucionário comunista se confunde com a história do PCP. Mais até que aquilo que a memória política autorizada no PCP permite, incluindo para os seus, até para um dos mais valiosos dos seus. De facto, Dias Lourenço, na sua longa vida partidária, andou com tanto PCP dentro de si que até sobrou um bocado para alimentar a margem dos tabus com que os marxistas-leninistas gostam de rechear a história, a sua história. Leia-se o último número do “Avante” em que se dá relevo ao desaparecimento de Dias Lourenço (editorial e nota sobre o seu funeral), com abundantes dados biográficos sobre o dirigente falecido e tentem encontrar dados sobre a fase em que Dias Lourenço desempenhou as tarefas de direcção mais relevantes, ou seja, quando após a sua fuga de Peniche em 1954, pertenceu à Comissão Política em 1956 (a que regressaria em 1974) e integrou o Secretariado entre 1957 e 1962. E verifique-se esse feito espantoso de, em notas de elogio fúnebre sobre Dias Lourenço, onde não é sequer esquecida a menção de que participou no III Congresso do PCP em 1943, se terem “extraviado” dois importantíssimos congressos comunistas a que este dirigente esteve intimamente ligado enquanto dirigente partidário dos mais altos escalões – o XX Congresso do PCUS em 1956 (o da denúncia do estalinismo, em que Dias Lourenço participou em representação do PCP) e o V Congresso do PCP em 1957 (o do “desvio de direita”), em que Dias Lourenço teve o inevitável papel relevante de apoio à transposição das teses da “coexistência pacífica” de inspiração krutchoviana para a da possibilidade de uma transição pacífica do fascismo para a democracia em Portugal (e que as eleições com Delgado em 1958 iriam testar até ao limite). Ou seja, para dois factos que não deviam ser factos, segundo o juízo político do momento, põe-se a biografia do homenageado a dar saltos. Mas que a grandeza da figura de Dias Lourenço não só não necessitava como o decoro que devia ser natural entre camaradas devia inibir tentativas de tesourar percursos políticos e partidários para contornar nojos à Iejov por tentação para retocar a memória colectiva.

O Zé Neves chamou Dias Lourenço de “o homem vermelho como a cor do cimento e da ferrugem”, devolvendo-lhe postumamente o seu olhar proletário sobre os proletários. O Ricardo Noronha recitou Brecht para o homenagear. Eu fico-me pelo espanto de constatar que Dias Lourenço tinha tanto PCP dentro de si que o PCP não aguenta tanto ou todo Dias Lourenço.
 

(publicado também aqui)

Publicado por João Tunes às 00:52
Link do post | Comentar | Ver comentários (3)
Quinta-feira, 12 de Agosto de 2010

Sol e Sal

 

Mais depressa se apanha um proibicionista quando coxo.

Publicado por João Tunes às 22:25
Link do post | Comentar | Ver comentários (3)
Quarta-feira, 4 de Agosto de 2010

In Memoriam

Publicado por João Tunes às 00:02
Link do post | Comentar
Domingo, 1 de Agosto de 2010

Com Goya, Picasso, Miguel Hernández e Vicente Monera, boas companhias

Publicado por João Tunes às 22:03
Link do post | Comentar

j.tunes@sapo.pt


. 4 seguidores

Pesquisar neste blog

Maio 2015

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Posts recentes

Nas cavernas da arqueolog...

O eterno Rossellini.

Um esforço desamparado

Pelas entranhas pútridas ...

O hino

Sartre & Beauvoir, Beauvo...

Os últimos anos de Sartre...

Muito talento em obra pós...

Feminismo e livros

Viajando pela agonia do c...

Arquivos

Maio 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Junho 2013

Março 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Junho 2012

Maio 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

Janeiro 2006

Dezembro 2005

Novembro 2005

Outubro 2005

Setembro 2005

Agosto 2005

Julho 2005

Junho 2005

Maio 2005

Abril 2005

Março 2005

Fevereiro 2005

Janeiro 2005

Dezembro 2004

Novembro 2004

Outubro 2004

Setembro 2004

Agosto 2004

Julho 2004

Junho 2004

Maio 2004

Abril 2004

Março 2004

Fevereiro 2004

Links:

blogs SAPO