Terça-feira, 27 de Janeiro de 2009
Inevitável recordar, hoje, os 64 anos passados desde o primeiro encerramento de um campo de concentração nazi, o de Auschwitz, libertado pelo Exército Vermelho em 27 de Janeiro de 1945. Só neste campo, os nazis haviam liquidado um milhão de pessoas, judeus na sua esmagadora maioria. Mas Auschwitz foi apenas uma das peças da máquina de extermínio montada pela besta fascista. O animalesco humano, invocando a necessidade de apuramento da raça, paradoxalmente imitado pelos libertadores de Auschwitz sob pretexto de apurarem a classe, representado no Holocausto de que Auschwitz ficou como símbolo maior, é algo que ainda hoje consegue espantar-nos pelos caminhos a que podem levar o fanatismo ideológico. Como não deixa de surpreender que também hoje, perante a monstruosidade repulsiva do Holocausto, haja não só quem o negue (decerto para que ele se repetisse) como gostariam de o ver de regresso pela destruição de Israel, essa fantasia paranóica dos que, com o lenço “fatha” ao pescoço, lambem a propaganda do Hamas e a repetem da mesma forma que os velhos adoradores das SS gabavam nestes a sincronia dos seus passos de ganso após atulharem as câmaras de gás com descargas dos seus ódios aos judeus.
Adenda: A não perder a leitura deste post de Ana Cristina Leonardo. A mensagem do Secretário-Geral da ONU sobre a efeméride pode ser lida aqui.
há coisas curiosas. sem ligar à data, postei hoje na Pastelaria, ou voltei a postar, melhor dizendo, um texto sobre uma ida que fiz em 1995 a Auschwitz; mais curioso ainda, escolhi para ilustrar o texto uma foto da libertação do campo pelo exército vermelho. grande coincidência, que me deixa um pouco sem palavras
obrigada. e até lá pus uma adenda, tão atarantada fiquei
e não é o joão tb. pôs?! só vi depois de publicar o comentário. duas coincidências assim, no mesmo dia, nem a Rebelo Pinto. e fico-me por aqui que ainda acabo o dia mística
Eu chamava-lhe intuição cívica.
De nuno granja a 27 de Janeiro de 2009
João Tunes,
Desta vez não concordo consigo, por muito mau que seja o Hammas (e é do piorio), Israel rouba à décadas, dignidade, território e recursos aos palestinianos, condiciona gerações inteiras a uma vida de campo de concentração e no minimo é um regime racista.
Para chegar a esta conclusão, não preciso de ver blogs de esquerda pró-palestiniana, basta ler entre outros um artigo de fundo sobre a matéria, publicado há uns poucos de anos na National Geographic Magazine...como tal considero que Israel tem o que merece.
Já tive admiração por Israel, no tempo em que lia o Exodus ou os relatos sobre Setembro Negro ou Entebe nas Selecções R. Digest e embora saiba que em 48 tenham sido os palestinianos a iniciar a hostilidades, hoje tenho uma opinião diametralmente oposta.
Hitler com os judeus e Stalin com o thechenos bem tentaram, mas não se pode exterminar um povo inteiro nem ganhar todas as guerras.
Espero estar errado mas creio que a janela de oportunidade para resolver a disputa a bem, fechou uns anos após a guerra do 6 dias e infelizmente a coisa vai acabar mal.
É só uma questão de tempo até os miúdos que tem pedras tenham RPGs e os facinoras mais atrás em vez de um rockets mal amanhados, terem uns misseis terra ar e ai na "terra que lhes foi prometida" a coisa mudará de figura como na "nossa" Guiné ou no "Afeganistão" dos russos.
Sobre uma certa esquerda, que cá defende casamentos gay, mas nestas crises anda de mãos dadas com movimentos que excutam homosexuais, também não tenho grande admiração, mas a ocupação de terras de outros povos acaba invariavelmente mal.
Pode ser que Obama nos surpreenda.
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